Trabalhe 4 Horas por Semana - Timothy Ferriss - 24.01.2017 - Terça
Desculpe-me pela demora é que meu celular fico em meu trabalho e só agora pude pega-lo.
Boa leitura
*Trabalhe 4 Horas por Semana - Timothy Ferriss - 24/01 - Terça*
*ANTES DE MAIS NADA*
*CRONOLOGIA DE UMA PATOLOGIA*
*_“Um perito é alguém que já cometeu todos os erros que se podem cometer em uma área bem restrita."_* NIELS BOHR, físico dinamarquês vencedor do Prêmio Nobel
"Normalmente ele era insano, mas tinha momentos lúcidos, quando era meramente estúpido.” HEINRICH HEINE, poeta e crítico alemão
Este livro vai ensinar a você os princípios exatos que usei para me tornar o seguinte:
➢ Tetracampeão mundial de vale-tudo.
➢ Primeiro americano na história a conquistar um recorde mundial de tango no
Guinness.
➢ Palestrante convidado de empreendedorismo na Universidade Princeton.
➢ Linguista aplicado em japonês, chinês, alemão e espanhol.
➢ Pesquisador de índices de glicemia.
➢ Campeão nacional chinês de kick boxing.
➢ Dançarino de break da MTV de Taiwan.
➢ Conselheiro esportivo de mais de 30 atletas recordistas mundiais.
➢ Ator de séries televisivas de destaque na China e em Hong-Kong.
➢ Apresentador de TV na Tailândia e na China.
➢ Pesquisador de refugiados políticos e ativista.
➢ Mergulhador.
➢ Piloto de motocicletas de corrida.
Como cheguei a esse ponto é um bocado menos glamoroso:
*1977* Nasci prematuro de 6 meses e com 10% de chance de sobreviver. Apesar disso, sobrevivo e fico tão gorducho que mal consigo dar uma cambalhota. Um problema muscular nos olhos me faz olhar em direções opostas, e minha mãe se refere a mim carinhosamente como “atum”. Até aí, tudo bem.
*1983* Quase sou reprovado no jardim-de-infância porque me recuso a aprender o alfabeto. Minha professora se recusa a me explicar por que eu deveria aprendê-lo, optando, em vez disso, pelo: "Porque EU sou a professora aqui". Digo a ela que isso é uma estupidez e peço para que ela me deixe em paz, para que eu possa ficar desenhando tubarões. No entanto, ela me manda para o "cantinho do castigo" e esfrega minha boca com sabão. Começa meu desprezo pela autoridade.
*1989* Meu primeiro emprego. Ah, as lembranças! Sou contratado por um salário mínimo como faxineiro de uma sorveteria e rapidamente concluo que o método do patrão duplica o esforço necessário. Faço as coisas do meu jeito, termino em uma hora em vez de oito, e passo o resto do dia lendo revistas de kung fu e praticando golpes de caratê. Sou demitido em um recorde de três dias, ouvindo a seguinte frase na hora da despedida: “Talvez algum dia você entenda o valor do trabalho árduo". Parece que eu ainda não entendi.
*1993* Parto para um ano de intercâmbio no japão, onde as pessoas trabalham exaustivamente, até a morte — um fenômeno chamado karooshi — e diz-se dos *_japoneses que gostariam de ser xintoístas quando nascem, cristãos quando se casam e budistas na hora da morte._* Entendo então que a maior parte das pessoas é muito confusa sobre a vida. Uma noite, querendo pedir à minha “mãe” no intercâmbio que me acordasse na manhã seguinte (okosu), pedi a ela que me estuprasse violentamente (okasu). Ela ficou bem confusa.
*1996* Consigo entrar despercebido em Princeton, a despeito das minhas notas no vestibular serem 40% inferiores à média e do meu conselheiro de ingresso à universidade que, durante o ensino médio, me dizia para ser “realista”. Concluo que na verdade eu simplesmente não sou bom. Faço especialização em neurociência e então mudo para estudos do Leste Asiático, para evitar ficar instalando tomadas em cabeças de gatos.
*1997 Hora de ficar milionário!* Crio um audiobook chamado Como eu venci a Ivy Lengue, uso todas as minhas economias de três verões trabalhando como temporário para confeccionar quinhentas fitas, e consigo vender exatamente
nenhuma. Só deixo minha mãe jogá-las fora em 2006, depois de nove anos de recusa.
Assim é a alegria da autoconfiança exagerada e injustificada.
*1998* Depois de quatro grandalhões espancarem um amigo meu, peço demissão sumariamente do emprego mais bem remunerado no campus e desenvolvo um seminário de leitura dinâmica. Cubro o campus com centenas de medonhos cartazes verde-néon que diziam "triplique sua velocidade de leitura em três horas!” e estudantes típicos de Princeton escrevem "baboseira" em cada um deles. Vendo 32 lugares a 50 dólares cada um para o evento de 3 horas, e 533 dólares por hora me convencem de que pesquisar o mercado antes de desenvolver um produto é mais esperto do que o contrário. Dois meses depois, estou de saco cheio de leitura dinâmica e encerro o negócio. Detesto serviços, preciso de um produto para vender.
*Outono de 1998* Uma grande disputa acadêmica e o medo agudo de me tornar um operador de banco de investimentos me levam a cometer suicídio universitário e informar a secretaria de que eu estava, até segunda ordem, abandonando a faculdade. Meu pai está convencido de que nunca voltarei, e eu estou convencido de que minha vida acabou. Minha mãe acha que não há nada de mais nisso e que não há motivos para dramalhão.
*Primavera de 1999* Em três meses, eu aceito empregos (e saio deles) de designer de conteúdos na Berlitz, a maior editora de materiais em línguas não inglesas do mundo, e de analista em uma microempresa de pesquisas sobre asilo político.
Naturalmente, depois disso eu vou para Taiwan e crio do nada uma rede de academias de ginástica, logo fechada pelas Tríades, a máfia chinesa. Volto para os Estados Unidos derrotado, decido aprender kick boxing e venço o campeonato nacional quatro semanas depois, com o mais feio e menos ortodoxo estilo jamais
visto.
*Outono de 2000* Com minha autoconfiança recuperada e minha tese mal começada, volto para Princeton. Minha vida não acaba e tudo indica que esse atraso de um ano só me ajudou. Meus colegas de 20 poucos anos têm habilidades tais quais as de David Koresh. Um amigo meu vende sua empresa por 450 milhões de dólares, e eu decido partir para a ensolarada Califórnia para ganhar os meus bilhões.
A despeito do mercado de trabalho mais aquecido da história da humanidade, consigo ficar três meses desempregado, depois de formado, quando tiro um coringa da manga e começo a mandar para um CEO 32 e-mails consecutivos. Ele finalmente cede e me contrata no departamento de vendas.
*Primavera de 2001* A TrueSAN Networks sai de uma empresa qualquer de 15 funcionários para a "empresa privada de armazenamento de dados número um” (como será que isso é medido?), com mais de 150 empregados (o que tanto eles fazem?). Sou admitido por um diretor de vendas recém-contratado para "começar pelo A" no catálogo telefônico e ligar em busca de dólares. Pergunto-lhe, cheio de tato, por que faríamos isso como retardados. Ele responde: “Porque eu quero que seja assim”. Não é um bom começo.
*Outono de 2001* Depois de um ano de jornadas diárias de 12 horas de trabalho, descubro que sou a segunda pessoa que ganha menos na empresa, depois apenas da recepcionista. Recorro à tática de surfar agressivamente na Internet o dia inteiro. Uma dessas tardes, já sem nenhum vídeo obsceno para mandar para as pessoas, resolvo investigar o quão difícil seria começar uma empresa de suplementos alimentares. Descubro que posso terceirizar tudo, da manufatura das vitaminas à publicidade. Duas semanas e cinco mil dólares (no cartão de crédito) depois, meu primeiro lote está em produção e ponho no ar um website. Uma coisa boa, considerando-se que sou demitido exatamente uma semana depois.
*2002-2003* A BrainQUICKEN LLC decola, e eu estou ganhando mais de 40 mil dólares por mês em vez de 40 mil por ano. O único problema é que agora eu odeio a vida e trabalho mais de 12 horas por dia, 7 dias por semana. Quase uma situação da qual eu não consigo sair. Tiro uma semana de “férias” e vou com minha família para Florença, na Itália, e fico 10 horas por dia pirando num cibercafé. Começo a ensinar estudantes de Princeton como criar empresas "de sucesso" (quer dizer, lucrativas).
*Inverno de 2004* O impossível acontece e sou abordado por uma empresa de infomerciais e por um conglomerado israelense (hã?) interessados em comprar minha jovem BrainQUICKEN. Eu simplifico as coisas, elimino várias delas, ainda por cima coloco tudo em ordem para me tornar mais valioso. Milagrosamente, a BQ não desmorona, mas as duas propostas são canceladas. Estou de volta ao ponto zero. Pouco tempo depois, as duas empresas tentam copiar meu produto e perdem milhões de dólares.
*Junho de 2004* Decido que, mesmo que minha empresa imploda, preciso sair dessa vida antes que eu vire o Howard Hughes. Viro tudo de cabeça para baixo e, de malas na mão, vou para o aeroporto JFK, em Nova York, para comprar a primeira passagem só de ida para a Europa que consigo encontrar. Aterrizo em Londres e pretendo ficar na Espanha por quatro semanas, para recarregar minhas baterias antes de retornar às "minas de sal". Começo meu relaxamento tendo uma síncope nervosa logo na primeira manhã.
*Julho de 2004-2005* As quatro semanas viram oito, e eu decido ficar na Europa indefinidamente, como uma prova final de automação e experimentação do meu modo de vida, limitando minhas consultas ao e-mail a apenas uma hora, às segundas-feiras pela manhã. Tão logo elimino o gargalo que sou eu, os lucros aumentam 40%. O que mais nesta vida você faz quando não tem mais que trabalhar como desculpa por ser hiperativo e para evitar as grandes questões? Você fica apavorado e se segura no assento com todas as forças, aparentemente.
*Setembro de 2006* Volto aos Estados Unidos, estou me sentindo estranhamente zen depois de destruir metodicamente todas as minhas certezas sobre o que pode e o que não pode ser feito. “Distribuição de drogas por prazer e lucro" evolui para uma palestra sobre o projeto ideal de vida. A nova mensagem é simples: eu já vi a terra prometida, e aqui vai a boa notícia. Vocês podem conquistá-la.
*PASSO 1 - D de Definição*
Amanhã continuaremos o livro .....
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